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Lewandowski absolve réus de formação de quadrilha; relator condena 11

O ministro revisor do mensalão, Ricardo Lewadowski, absolveu os 13 réus acusados pelo Ministério Público do crime de formação de quadrilha. O voto de Lewandowski terminou por volta das 18h desta quinta-feira (18/10) e encerrou a sessão no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os réus são: José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil; José Genoino, ex-presidente do PT; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido; o publicitário Marcos Valério e seus sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz; as funcionárias Simone Vasconcelos e Geiza Dias, o advogado Rogério Tolentino, e a antiga cúpula do Banco Rural, Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna tenório.

Segundo o revisor, o Ministério Público não conseguiu decidir se estava imputando aos réus o crime de formação de quadrilha, ou se era uma organização criminosa. "Essa verdadeira miscelânia conceitual enfraqueceu as imputações contra os réus, em especial contra José Dirceu", completou.

Ainda na sessão de hoje, ele pediu para mudar o voto e acabou absolvendo também os réus Enivaldo Quadrado, Jacinto Lamas, João Claudio Genu e Valdemar da Costa Neto do crime de formação de quadrilha. Com essa decisão, ficou empatada a análise quanto ao deputado Valdemar Costa Neto e ao ex-assessor Jacinto Lamas. Subiu para seis o número de casos que terão que ser desempatados ao final do julgamento. A tendência é que o STF considere que o empate seja pró-réu.

Ao contrário de Lewandowski, Joaquim Barbosa condenou quase todos os réus por formação de quadrilha. Só se livraram da acusação a funcionária chamada de “mequetrefe” pela própria defesa, Geiza Dias, e Ayanna Tenório, que fazia parte do núcleo financeiro. "A atuação dos réus enquadra-se perfeitamente no crime de formação de quadrilha", disse o ministro.

Ele defendeu que todas as revelações conferiram credibilidade à afirmação da denúncia de que os integrantes dos núcleos ingressaram na quadrilha em troca de vantagens indevidas. "É uma grande desenvoltura que esse Marcos Valério tinha, não é?”, ironizou Barbosa.

A próxima sessão sobre o julgamento do mensalão será retomada na próxima segunda-feira (22/10), no plenário do Supremo.

Fonte : Correio Web

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