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Cachoeira ganha o direito de recorrer em liberdade após 265 dias de prisão

Depois de quase nove meses atrás das grades, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi colocado em liberdade. Ele deixou a Penitenciária da Papuda à 0h05 de hoje e, segundo a mulher, Andressa Mendonça, seguiria para Goiânia, onde se encontraria com os três filhos, de 9, 11 e 12 anos, que não via desde a prisão, em 29 de fevereiro. Em frente ao presídio, antes de encontrar Cachoeira, Andressa comemorou a libertação e disse que só queria dizer pessoalmente “o quanto o amava”.

O bicheiro (E) deixa a Papuda, na madrugada desta quarta-feira: segundo a mulher, o casal seguiria direto para Goiânia ( Viola Junior/Esp. CB/D.A Press)
O bicheiro (E) deixa a Papuda, na madrugada desta quarta-feira: segundo a mulher, o casal seguiria direto para Goiânia

Com a conclusão da instrução do processo da Operação Saint-Michel referente a um esquema montado no Distrito Federal para abocanhar o milionário contrato de bilhetagem eletrônica no transporte público, a juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Brasília, considerou que o bicheiro não tem mais como influenciar testemunhas e atrapalhar a coleta de provas. “A Justiça começou a ser feita. A defesa está convicta que ele não cometeu os crimes que lhe foram imputados. Vamos recorrer e, como ele já cumpriu mais de seis meses de prisão, não ficaria nem no regime semiaberto, mas no aberto”, disse o advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, momentos antes de o cliente deixar a Papuda.

O alvará de soltura foi expedido no dia em que a magistrada condenou o bicheiro a cinco anos de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de multa correspondente a R$ 155,5 mil pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. É a primeira sentença contra Cachoeira desde que vieram à tona, em fevereiro, com a Operação Monte Carlo, as denúncias de que o contraventor liderava uma máfia em Goiás e no Entorno, com ramificações no poder público, o que motivou a abertura de CPI no Congresso.
Fonte : Correio Braziliense

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