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Drogas: Consumo de crack avança na capital federal


Um rapaz de camisa amarela caminha pelo Setor Comercial Sul, na área central de Brasília, olhando o chão. Ele recolhe as latinhas jogadas na rua e as parte com as próprias mãos. Lá dentro, espera achar os restos de pedras de crack que outros viciados deixaram para trás. O local está a três quilômetros da Esplanada dos Ministérios e se tornou um dos mais comuns focos de consumo de crack na capital federal.

Segundo a Polícia Civil, a 30 km do Centro de Brasília, em Ceilândia Norte, o problema é ainda maior. Em seguida, vem a zona central de Brasília, que inclui o Setor Comercial Sul, a cracolândia próxima ao Poder Federal. ...

- O usuário não se importa com as condições físicas e de higiene. O crack é devastador. Ele fica na rua largado como um zumbi - resume o delegado Gratão, da Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do Distrito Federal.

O consumo de crack em Brasília aumentou nos últimos seis anos. Em 2007, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, foram apreendidos 500 gramas da droga. Em 2008, foram 4 kg. Em 2009, chegou a 12 kg. No ano seguinte, o volume apreendido triplicou novamente, atingindo 36 kg. Em 2011, foram 75 kg. No primeiro semestre de 2012, as apreensões chegaram a 55,7 kg. Além disso, em fevereiro, houve apreensão recorde da pasta base da cocaína, matéria-prima do crack: 365 kg.

Secretário de Justiça do DF, Alírio Neto não descarta a existência de cracolândias. Mas diz que o governo obteve êxitos. Segundo ele, os usuários deixaram os espaços públicos mais amplos e se refugiaram em outros lugares:

- Pode ter cracolândia, pode existir. O que não existe é uma política de colocar isso debaixo do tapete. Existe uma política de aproximação com o usuário e de convencimento de que ele deve se tratar.

Por: André coelho
Fonte: Jornal O Globo

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