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Família e amigos prestam homenagens a Ildeu de Oliveira, morto aos 83 anos

Primo de JK, o mineiro de Araguari chegou à capital em 1956
Centenas de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre ontem no Cemitério Campo da Esperança  (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Centenas de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre ontem no Cemitério Campo da Esperança

A história de Ildeu de Oliveira em Brasília vai além dos 57 anos dedicados à capital federal. Pioneiro e responsável por construir as cinco primeiras casas da região de Candangolândia, o primo do ex-presidente Juscelino Kubitschek deixa um legado importante para a cidade. Em Brasília desde 1956, o mineiro de Araguari construiu família, acumulou amigos e é lembrado como um apaixonado e um trabalhador dedicado à cidade. Ontem, ao som da música Peixe vivo, familiares, amigos e autoridades se despediram dele, que morreu, aos 83 anos, em decorrência de insuficiência respiratória no último sábado.

Antes de chegar à capital, Ildeu morou em Belo Horizonte. O interesse em participar da construção da nova capital, porém, fez com que ele procurasse o então presidente da Novacap, Israel Pinheiro, para pedir que lhe desse obras no grande canteiro. Em fevereiro de 1957, o primo de JK se instalou em Brasília. A empresa dele ganhou o direito de construir cinco casas de madeira na Rua do Sossego, atual Candangolândia. Um dos imóveis foi destinado à família do engenheiro Bernardo Sayão. Ele continuou com as construções para expandir a cidade e participou dos projetos do Grupo Escolar Júlia Kubitschek, de Oscar Niemeyer; e do Colégio Elefante Branco, do arquiteto José de Souza Reis.
 
Atualmente, Ildeu de Oliveira cuidava da imobiliária Santa Júlia — nome dado em homenagem à mãe de Juscelino — e era vice-presidente do Memorial JK. Mas ele também trabalhou na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), na extinta Shis, na Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e ocupou a gerência do Noroeste. Com mal-estar, foi internado no último sábado. Não resistiu às complicações respiratórias e morreu por volta das 14h de domingo. Deixou a esposa, Neuza Oliveira, de 74 anos, cinco filhos, 15 netos, um bisneto e a “filha Brasília”, como a família conta. 

Fonte: Correio Braziliense

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