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Focos de queimadas aumentam 891% no DF

A seca nem   começou e os focos de incêndio  já estão por todo lado. Neste ano, até o dia 23 deste mês,  foram registradas, pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), 238 ocorrências de incêndio florestal. O número é bem superior ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram apenas 24 focos. Ou seja, um aumento   de 891%.

Por conta da situação, o Governo do Distrito Federal declarou estado de emergência entre maio e novembro, período em que deverão ser adotadas ações para reduzir casos e consequências de incêndios florestais. O GDF também anunciou que vai contratar brigada específica para combater as queimadas.  Para isso, está prevista a atuação de 25 brigadistas.

Ação do homem

Um dos dados considerados preocupantes pelos bombeiros é que mais de 80% das ocorrências de incêndios florestais são causadas por ações humanas. “No Plano Piloto, por exemplo, tem muito incêndio em gramado, a maioria causada por pessoas. Isso desvia a atenção dos militares de uma ocorrência de acidente grave. É preocupante perceber como os números estão aumentando consideravelmente”, define Vanessa Signare, subcomandante do Centro de Comunicação do Corpo de Bombeiros. 

“Podemos observar que os focos provocados por causas naturais são menos de 20% dos casos. Sabe-se que a queima da vegetação traz consequências graves, como a morte de animais, a perda da flora, entre outros danos tanto para o homem como para o meio ambiente. O Cerrado, a cada ano que se queima, fica mais ralo, isso prejudica no tempo de recuperação. Que vegetação queremos entregar aos nossos netos?”, questiona.

Queima de lixo

Para a população, a dica é ficar atento, principalmente neste período, quanto à queima de lixo, limpeza de área para plantação e uso de fogueiras, fogos e balões.  “O Corpo de Bombeiros trabalha com a campanha Verde Vivo desde o início de maio. A ideia é fazer a prevenção visitando a população nas quadras e reforçando os cuidados que se deve ter. Lembrando que não se trata apenas da perda da vegetação, mas também   da qualidade do ar que respiramos”, destaca Vanessa. 

Nas unidades hospitalares, a demanda costuma dobrar no período de seca, devido a   problemas respiratórios. E a qualidade do ar é determinante para amenizar esses sintomas. 

Reforço

A chegada da seca é sinônimo de mais trabalho para os bombeiros. Em média, 120 militares atuam no período com menos registros de focos de incêndio. Já nesta época do ano, o número chega a 200 militares espalhados pelo DF diariamente. “E se houver necessidade pode até dobrar este quantitativo para um foco de grande proporção”, avisa Vanessa.





Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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