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Um agente de trânsito foi condenado pela justiça do Rio de Janeiro após dizer a um magistrado que "ele não é Deus"

Por Renato Souza
Um agente de trânsito foi condenado pela justiça do Rio de Janeiro após dizer a um magistrado que "ele não é Deus". Na ocasião o juiz foi parado em uma blitz da Lei Seca, sem os documentos de habilitação, sem placa no carro ou documentos pessoais. Segundo consta nos autos do processo o agente disse para os outros agentes “que pouco importava ser juiz; que ela cumpria ordens e que ele é só juiz não é Deus”. O juiz que infringiu a lei de trânsito é João Carlos de Souza Correa (foto), titular da 1ª Vara de Búzios. O agente chegou a recorrer da decisão em segunda instância, mas a juíza Mirella Letízia considerou que a policial perdera a razão ao ironizar uma autoridade pública e determinou o pagamento de indenização no valor de R$ 5 mil. O meritíssimo já tem histórico de se envolver em problemas de trânsito. Em 2009 ele discutiu com um policial rodoviário após passar em um posto da Polícia Rodoviária Federal em um veículo acima da velocidade da via. Na ocasião o motorista de João Carlos quem conduzia o veículo que estava com giroflex na cor azul, o que não é previsto pela lei. Ao descer do carro armado o infrator já foi gritando que era juiz, como contou o policial Anderson Caldeira. "Quando paramos o carro, o motorista desceu armado e o juiz saiu logo depois, também armado. Tentei explicar o que estabelece o Código de Trânsito Brasileiro: que os veículos de polícia e as ambulâncias usem o dispositivo (giroflex) na cor vermelha, enquanto os de prestação de serviço o utilizem na cor amarelo âmbar. Ele relutou muito em se identificar e em nenhum momento parou de gritar e me ameaçar, dizendo que me colocaria na rua, que a minha carreira no serviço publico estava acabada etc", afirmou o policial ao jornal "Extra". O caso pode servir de exemplo de supostos casos em que a justiça supostamente é usada por seus integrantes para defender colegas e interesses pessoais. Foto: Márcio Alves.


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