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Sacrificando royalties, base aliada monta estratégia para salvar projetos

Para não ver itens vetados no passado voltarem à tona colocando em risco contas públicas, o governo federal poderá permitir uma derrota na batalha sobre a redistribuição dos royalties do petróleo. Um novo plano aventado por parlamentares de estados não produtores aponta saída política e regimental para o problema: os 3.200 vetos pendentes no Congresso seriam colocados de uma vez em votação, como determinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, mas um requerimento assinado pela maioria dos líderes retiraria os pontos da pauta, restando apenas os royalties.

As conversas para essa alternativa já estão avançadas e a própria presidente Dilma Rousseff tende para tal acordo. A hipótese planejada tem precedentes no Congresso e, de acordo com especialistas legislativos, encontra respaldo regimental. Seria ainda uma opção para que a sessão de análise dos vetos não seja prolongada eternamente, como querem os parlamentares do Rio de Janeiro e do Espírito Santo no intuito de inviabilizá-la. “A proposta inicial era dizer sim à manutenção de todos os demais itens, porque há muita coisa ali que inviabiliza o país”, afirma o deputado Fábio Ramalho (PV-MG). Essa estratégia, porém, tornou-se arriscada quando alguns parlamentares mais radicais decidiram fazer exatamente o contrário: marcar na cédula a opção de derrubar todos os 3.200 vetos de uma vez.

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