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Único fabricante no país do remédio para leucemia encerra produção

Jesica da Silva Gama, 15 anos, se curou por causa do medicamento. Preocupação com outras crianças afetadas (Carlos Moura/CB/D.A Press)
Jesica da Silva Gama, 15 anos, se curou por causa do medicamento. Preocupação com outras crianças afetadas

Com apenas 27 frascos restantes do medicamento Asparaginase, usado no tratamento de leucemia linfoide aguda (LLA), médicos do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB) temem a escassez. A demanda mensal do centro — que tem atualmente 37 pacientes com LLA — é de 40 frascos. Diante da decisão do único fabricante da droga no Brasil, o laboratório Bagó, de encerrar a produção, a incerteza no local aumentou. Para médicos, o baixo valor e a pouca demanda do medicamento são motivos que fizeram o laboratório desistir de produzi-lo.

No HCB, por enquanto, o problema ainda não está na compra do remédio, mas na demora da entrega. Em outubro do ano passado, o hospital comprou 300 frascos. “Era para eles nos fornecerem os remédios em dezembro. Mas só recebemos 30, e agora em janeiro. Essa quantidade não é suficiente nem para um mês”, lamenta a oncologista e hematologista pediátrica Isis Magalhães. “No fim do ano, tivemos de entrar em contato com um instituto do Rio Grande do Norte, que tinha o remédio no estoque, para nos encaminhar”, explicou.

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