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A PRISÃO DE ROBÉRIO NEGREIROS


Por Marcos Mendanha - A pinta de bom moço do deputado distrital Robério Negreiros na Câmara Legislativa do Distrito Federal parece esconder uma verdade que há seis anos tramita na Justiça Federal: ele é réu no processo 2007.34.00.032561-1, na 14ª Vara Federal do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (DF). Negreiros é acusado de cometer improbidade administrativa durante suposta fraude em licitações no Tribunal de Contas da União.

Negreiros foi preso pela Polícia Federal na Operação Sentinela, deflagrada em 2 de dezembro de 2004. Por isso, ele ficou encarcerado por sete dias em cela da Superintendência da PF, no Setor Policial Sul. Na ocasião, além de Negreiros, também o seu pai, o empresário Robério Negreiros, e outras oito pessoas foram presos. O inquérito policial instaurado pela PF detalhou investigação sobre crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa, violação de sigilo profissional, crimes contra a ordem tributária, fraude em licitação, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.

O processo continua em plena tramitação, não está concluso para sentença. De acordo com o TRF, a mais recente movimentação do processo ocorreu às 13h00 do dia 31 de julho de 2013, quando a secretaria da 14ª Vara expediu ofício ao advogado de uma das partes.

Investigações – A operação da PF concluiu que os acusados fraudaram licitações no Tribunal de Contas da União, além de exercer advocacia administrativa para aprovação de parecer favorável às empresas prestadoras de serviço. Entre as empresas apontadas pela investigação estão a Brasfort (da família de Negreiros), a Renan Segurança, a Confederal, a Montana e a Sitran. Além das prisões, foram executados 15 mandados de busca e apreensão.

Negreiros e seu pai foram soltos da cadeia oito dias depois, sendo os últimos a ganhar a liberdade entre os seis empresários e quatro servidores do TCU presos pela PF na operação.

A PF investigou suposta manipulação de duas licitações do TCU em 2004 que totalizam R$ 11,9 milhões. Em ambas, a Brasfort foi beneficiada total ou parcialmente, de acordo com o inquérito policial. De acordo com escutas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial, o sucesso da Brasfort teria sido garantido pela colaboração de servidores do TCU, segundo a investigação.

A Brasfort foi uma das cinco empresas no setor de segurança e contratação de mão-de-obra terceirizada sob investigação da PF. O inquérito incluiu a Confederal, que pertence ao então ministro das Comunicações Eunício Oliveira (hoje senador da República) e à sua mulher, Mônica. O ministro declarou-se afastado da empresa.

Devido às denúncias, o pai de Negreiros e outros acusados respondem também a mais dois processos: 2007.34.00.031576-1 e 2007.34.00.032048-2, ambos tramitam na 21ª Vara Federal, do mesmo TRF.

Fonte: 
http://buffetporcao.com/

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