Por Renato Souza
Um pedreiro inocente passou quatro dias na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), no Distrito Federal. Cícero Gomes de Souza, de 27 anos foi confundido com o primo dele que tem o mesmo nome e é procurado por homicídio em Pernambuco. O pedreiro foi registrado no nome dos tios quando era criança. Neste caso o nome dele e dos pais é o mesmo do verdadeiro criminoso. Mas o número de idade, CPF e aparência física são diferentes. Mesmo assim ele foi preso pela Polícia Civil e levado para a cadeia. A mãe da vítima, Maria Rita explicou em entrevista ao "G1", que o pedreiro foi registrado aos 4 anos pela tia porque ficou doente. "O pai dele tinha sumido no mundo, e eu não tinha condições de fazer o documento. Como ele precisou de atendimento médico, minha irmã se ofereceu. Ela falou que não teria problema nenhum isso, e na época a gente só queria recuperar a saúde dele." O O diretor geral da Polícia Civil, Jorge Xavier confirma que houve erro na apuração e que o Estado levou um inocente para a cadeia. “Que houve alguma falha do Estado está muito claro. Qualquer pessoa encarcerada sem culpa é por falha do Estado. Uma pessoa inocente foi conduzida para a cadeia. O Estado cometeu uma falha. De quem foi?", explicou. A mãe da vítima conta à angustia que passou. "Não quero que isso aconteça mais. É humilhação demais. Fiquei sem dormir. Como uma mãe vive, come, sabendo que o filho está preso, inocente?", disse a mulher. "A gente precisa dar um jeito de trocar a documentação dele. Os policiais disseram que pode acontecer de isso tudo se repetir." Foto: divulgação/Polícia Civil.
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