Por Renato Souza
O Ministério Público do Trabalho (MPT), em Araraquara, São Paulo denunciou o "Grupo Odebrecht" por trabalho análogo à escravo e trafico internacional de pessoas. A denuncia foi feita com base em reportagens da rede de TV BBC. Segundo a denuncia a " Construtora Odebrecht" contratou trabalhadores brasileiros na cidade de Américo Brasiliense (vizinha a Araraquara) e os colocou em condições degradantes de trabalho após terem sido enviados para trabalhar em Angola, na África. Segundo o relatório cerca de 400 trabalhadores são mantidos com escassez de água e comida. A empresa teria dado carne de cobra e de macaco para os funcionários comerem. A água consumida pelos funcionários também estaria contaminada. Resultados de exames médicos de trabalhadores que retornaram de Angola, encaminhados pelo Departamento Municipal de Saúde da Prefeitura de Américo Brasiliense, mostram que vários operários apresentaram febre, dor de cabeça, dor abdominal, diarreia, náuseas, fezes com sangue, emagrecimento, e alguns apresentaram suspeita de febre tifoide. Um dos trabalhadores teria desistido de comer no local após encontrar um macaco na cozinha e perceber que ele seria morto e servido aos funcionários que também seria proibidos de sair do local. Em nota, a "Odebrecht" informou que “repudia as alegações e insinuações veiculadas pela reportagem, que se apresenta distorcida da realidade” e “nega veementemente as condições de trabalho sugeridas na matéria, tanto para seus integrantes, como para seus parceiros. A empresa cumpre a legislação trabalhista em todos os países onde atua”. Foto: reprodução/Braskem.
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