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O Brasil está em uma posição delicada dentro da discussão sobre os novos objetivos do milênio

Por Renato Souza
O Brasil está em uma posição delicada dentro da discussão sobre os novos objetivos do milênio. Os objetivos do milênio são firmados pela Organização das Nações Unidas e criam objetivos que todos os países filiados a ONU devem perseguir nos próximos anos. Os atuais oito objetivos do milênio vencem ano que vem. Mas dentro da ONU o Brasil está se opondo para que os temas relacionados a governança, justiça e paz sejam incorporados aos próximos objetivos do milênio. Esses temas colocariam como obrigação do mundo combater o tráfico de drogas, os homicídios e garantir a liberdade de expressão e acesso a justiça. Mas se aprovado, esse objetivo tornaria legal uma intervenção de outros países em território brasileiro - já que o Brasil tem mais de 50 mil homicídios por ano. O Brasil defende que seja incorporado aos objetivos do milênio o desenvolvimento econômico, social e ambiental. O governo brasileiro alega que os objetivos de governança, justiça e paz são de interesse de países ricos. A Rússia, Índia e China seguem a posição do Brasil. Estados Unidos, Japão, Austrália e Europa se opõem ao pensamento brasileiro. A posição do Brasil na ONU é arriscada, já que o Brasil não tem histórico de liderar a discussão de temas polêmicos. A influência brasileira na ONU tem poder para aprovar ou derrubar um tema, o que pode causar "mal estar" com vários países. A não aprovação do tema referente a paz também permite que o Brasil realize menos investimentos no combate a criminalidade. Foto: Getty Imagens.

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