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Funcionária teria separado mil comandas na noite da tragédia, diz polícia

Imagens da entrevista coletiva da Polícia Civil (Instagram/Reprodução)
Imagens da entrevista coletiva da Polícia Civil


Em entrevista coletiva, a Polícia Civil de Santa Maria informou que uma funcionária da boate Kiss garantiu que foram separadas 1000 comandas na noite do incêndio. Assim, a capacidade máxima (691 pessoas) do local teria sido excedida em 309 pessoas.

A informação é mais um elemento que a polícia utiliza para tentar comprovar que a boate não tinha condições de operar na noite da tragédia.

O advogado de defesa de um dos sócios da boate Kiss nega que tenha havido superlotação. Ele explicou que foram impressos ingressos a mais, mas nem todos foram utilizados. O defensor exibiu um lote de ingressos não utilizados.

Investigação

Assim que o país percebeu a dimensão e a gravidade do incêndio fatal na Boate Kiss, todos os envolvidos - direta ou indiretamente - tentaram se isentar da culpa. O governo do Rio Grande do Sul aponta o dedo para a prefeitura, que repassa para o Corpo de Bombeiros. O órgão de prevenção e combate a incêndios culpa os integrantes da banda que soltaram fogos de artifício e também os donos da boate, mas se isenta de responsabilidade. Os proprietários, por sua vez, responsabilizam as autoridades municipais que concederam o alvará e até as equipes de segurança, que barraram temporariamente a saída de clientes. Culpam ainda os músicos pelo show pirotécnico.

Por trás desse jogo de empurra está a intenção de escapar de processos criminais e cíveis por envolvimento na tragédia que, matou, até o momento, 235 pessoas. Além das ações penais, os responsáveis podem responder ações cíveis, que geram indenizações às famílias dos mortos e também aos sobreviventes. A polícia e, posteriormente, a Justiça terão que apontar a participação de cada um nessa cadeia de responsabilidades.

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