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Governo do DF adere à política federal para atendimento à população de rua

O objetivo é fortalecer o controle social e articular as ações da rede de proteção a esse público.

O governo do Distrito Federal (GDF) assinou nesta terça-feira (16/4) protocolo de adesão à política nacional para atendimento à população que vive nas ruas. Para tanto, foi instalado o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política para Inclusão de Pessoas em Situação de Rua, composto por 12 membros dos governos do DF e Federal e 12 representantes da sociedade civil.

O objetivo é fortalecer o controle social e articular as ações da rede de proteção a esse público. Cerca de 60% da população de rua que vive no DF já recebem algum benefício dos programas sociais do governo federal, segundo o governador Agnelo Queiroz. O DF é a primeira unidade da Federação a fazer essa parceria para proteção de pessoas em situação de rua, segundo ele.

Para a secretária nacional de Assistência Social, Denise Colin, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), "dar assistência à população que vive nas ruas é tirá-la da situação de descrédito, de desconfiança na sociedade, dentro da mentalidade do governo de que todos os cidadãos têm direito de acesso à renda e aos bens".

A coordenadora do Movimento Nacional da População de Rua, Antônia Cardoso Abreu, disse que "há muitas mães de família que vivem nas ruas, em meio também a idosos e crianças, e só o gesto de amor pode tocar esse público, que vive uma situação complexa há centenas de anos".

O GDF planeja destinar 2.500 moradias para o contingente de famílias que vivem nas ruas, das 100 mil casas que o governo pretende construir para a população de baixa renda, segundo Queiroz. Para o governador, o trabalho assistencial "não pode ser só ocasional, mas permanente, porque a desigualdade é uma tragédia humana no Brasil".

O governo local já conta com um Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop), na Quadra 903 Sul, capacitado para atender a até 120 pessoas por dia. O local oferece atendimento social, cuidados com higiene, refeição e encaminhamento para os sistema de saúde. Outros dois centros Pop vão ser abertos em Taguatinga e em Ceilândia, neste semestre, segundo ele.

O secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do GDF, Daniel Seidel, disse que os recursos públicos para a área cresceram 40% este ano, permitindo que sejam colocadas nas ruas 12 equipes no trabalho de abordagem, com a participação de 144 educadores sociais. O trabalho vai ser ininterrupto durante a semana, das 8 horas da manhã até as 22 horas, com a oferta de orientação e lugar para dormir.


Fonte: Correio Braziliense

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