Polícia vai apurar apologia ao crime; jovem não quis falar sobre o caso
Um rapaz de 25 anos causou polêmica, no fim da tarde de ontem, nas redes sociais ao postar uma foto na qual ele aparece agredindo um morador de rua na região da Savassi, em Belo Horizonte. Donato di Moura se identifica como skinhead (conhecidos por sua intolerância com minorias) e disse que atacou a vítima porque ele estaria usando crack perto de crianças.
De acordo com testemunhas, o jovem é o mesmo que espancou e esfaqueou um homossexual na praça da Liberdade, também na capital, em setembro de 2011. Ele seria também o responsável por agredir um homem em um ponto de ônibus da avenida Prudente de Morais, na região Centro-Sul da cidade, na semana passada.
"Eles xingaram o cara porque era negro, estava malvestido e tinha uma estrela de David estampada na camisa", disse a fonte, que não quis ser identificada. A polícia não confirma as denúncias.
Procurado, Moura afirmou que não iria se pronunciar. Em sua página do Facebook, onde havia outras várias menções nazistas e contra minorias, ele escreveu uma mensagem à imprensa. "Não tenho nada a dizer a vocês da mídia, aonde claro, sempre vão distorcer tudo. Não me procurem mais. Não terão a entrevista (sic)", dizia o texto.
Na noite de ontem, a página de Moura já não podia mais ser encontrada.
Crime. A reportagem de O TEMPO comunicou o caso à 1ª Delegacia Especializada de Investigação de Crime Cibernético (Deicc), que apura esse tipo de crime, porém, assim como na Polícia Militar, não havia registro de boletim de ocorrência da agressão.
"No entanto, a imagem pode configurar um caso de apologia ao crime. Vamos investigar. O autor quer reprimir o homem pelo consumo de crack, mas usa de violência, o que não é certo, já que a solução do consumo desse tipo de droga é de responsabilidade das autoridades", explicou o investigador Joel de Jesus Alves.
De acordo com testemunhas, o jovem é o mesmo que espancou e esfaqueou um homossexual na praça da Liberdade, também na capital, em setembro de 2011. Ele seria também o responsável por agredir um homem em um ponto de ônibus da avenida Prudente de Morais, na região Centro-Sul da cidade, na semana passada.
"Eles xingaram o cara porque era negro, estava malvestido e tinha uma estrela de David estampada na camisa", disse a fonte, que não quis ser identificada. A polícia não confirma as denúncias.
Procurado, Moura afirmou que não iria se pronunciar. Em sua página do Facebook, onde havia outras várias menções nazistas e contra minorias, ele escreveu uma mensagem à imprensa. "Não tenho nada a dizer a vocês da mídia, aonde claro, sempre vão distorcer tudo. Não me procurem mais. Não terão a entrevista (sic)", dizia o texto.
Na noite de ontem, a página de Moura já não podia mais ser encontrada.
Crime. A reportagem de O TEMPO comunicou o caso à 1ª Delegacia Especializada de Investigação de Crime Cibernético (Deicc), que apura esse tipo de crime, porém, assim como na Polícia Militar, não havia registro de boletim de ocorrência da agressão.
"No entanto, a imagem pode configurar um caso de apologia ao crime. Vamos investigar. O autor quer reprimir o homem pelo consumo de crack, mas usa de violência, o que não é certo, já que a solução do consumo desse tipo de droga é de responsabilidade das autoridades", explicou o investigador Joel de Jesus Alves.
Especialista afirma que foto reflete intolerância cultural
O sociólogo Manoel Neto avalia que a atitude de Donato Di Mauro reflete a intolerância da população com relação aos moradores de rua. "A gente observa uma tentativa de acabar com os mendigos da cidade, principalmente agora com a expectativa de grandes eventos. Essa foto pode estar refletindo uma tendência".
Na opinião do sociólogo Euclides Guimarães, a agressão e sua divulgação mostram que a juventude está sujeita a um olhar mais estético. "Muitos não veem o outro como um semelhante. O mendigo é alguém estranho e, assim, insuportável", explicou.
Racismo. O polêmico trote aplicado por veteranos de direito da UFMG será tema de uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira. (Joana Suarez)
Na opinião do sociólogo Euclides Guimarães, a agressão e sua divulgação mostram que a juventude está sujeita a um olhar mais estético. "Muitos não veem o outro como um semelhante. O mendigo é alguém estranho e, assim, insuportável", explicou.
Racismo. O polêmico trote aplicado por veteranos de direito da UFMG será tema de uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa na próxima segunda-feira. (Joana Suarez)
Repercussão nas redes sociais
"O cara podia estar até comendo crack. Que direito ele (agressor) tem de fazer isso?"
Lola
"Esse cara (agressor) tem que ser preso. Ele precisa ser processado!"
Wesley
"Tão cruel quanto a violência em si é a apatia dos que assistem." Fábio
Lola
"Esse cara (agressor) tem que ser preso. Ele precisa ser processado!"
Wesley
"Tão cruel quanto a violência em si é a apatia dos que assistem." Fábio
Fonte: O tempo
0 comentário "Skinhead ataca morador de rua"
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