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Um professor da Universidade Federal do Espirito Santo afirmou que "detestaria ser atendido por um médico ou advogado negro"

Por Renato Souza
Um professor da Universidade Federal do Espirito Santo afirmou que "detestaria ser atendido por um médico ou advogado negro". O professor Manoel Luiz Malaguti afirmou que se tivesse a oportunidade de escolher entre um médico negro e um médico branco, ambos com o mesmo currículo, ele escolheria o médico branco. Na ocasião a turma discutia o sistema de cotas para negros em universidades. "Porque eu escolheria o médico branco? Ai que está a eliminação do preconceito. Eu escolheria o médico branco porque ele nasceu em uma família mais abastarda. Ele teve acesso aos meios de comunicação mais avançados, a outros idiomas, ele participou de atividades culturais, viajou. Então é um tipo de aluno que tem uma exigência, que vê a universidade de uma forma. Já os negros vem em média de comunidades menos privilegiadas, para não se dizer algo mais forte. Eles não tem uma sociabilização primária na família que os torne receptívos aos tramites da universidade", afirmou o professor em entrevista ao "Gazeta Online". O desembargador Willian Silva entrou com uma representação criminal junto ao Ministério Público Federal para criminalizar o professor por injuria racial. O desembargador alega que se sentiu ofendido por ser negro e ter sido pobre. Não existem estudos científicos que comprovem a diferença física ou intelectual entre seres humanos negros ou brancos. O que define a cor da pele é uma classe de compostos poliméricos derivados da tirosina, conhecida como melanina. Mas esse composto não provoca alterações além de pigmentação da pele. A ciência da comunicação explica que informações distorcidas recebidas pelas pessoas podem gerar interpretações "imperfeitas" que levam o indivíduo a acreditar em fatos que não são reais. Mesmo pessoas com alto grau de educação, como professores universitários, podem conter problemas de interpretação das mensagens, divulgando fatos incorretos ou sem conhecimento. A universidade abriu sindicância para apurar a conduta do professor. Foto: reprodução/Gazena Online.



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