Páginas

Canibalismo em presídio do Maranhão

Foto: Márcio Fernandes

Por Renato Souza

Um funcionário do serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão informou que dois presos foram comidos pelos demais no presídio de Pedrinhas, no Maranhão. 

Em depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Carcerário, na Câmara, o servidor afirmou que a primeira vítima foi o detento Ronalton Rabelo, de 33 anos, morto em abril de 2013 por integrantes de uma facção criminosa chamada "Anjos da Morte". 

Segundo o depoimento, o preso acusado de assalto foi esquartejado por outros detentos e cozido em água e sal. 

Em seguida os órgãos como coração, rins e figado foram distribuídos entre os detentos, que comeram em rituais macabros. Ronalton tinha conseguido um alvará de soltura, mas quando o advogado foi busca-lo foi informado de que ele havia desaparecido. 

A segunda vítima teria sido o detento Rafael Libório, de 23 anos. Preso por homicídio qualificado ele teria passado pelo mesmo procedimento que o colega no final do ano passado. 

O secretário de Justiça e Administração Penitenciária da época, Sebastião Uchoa, teria abafado o caso para impedir que as informações chagassem até a imprensa.
Ainda não existe procedimento na justiça para investigar a prática de canibalismo entre os detentos. 

No ano passado 60 presos foram mortos por colegas em rebeliões, sendo que três foram decapitados.

“Eles são loucos, psicopatas. Não existe uma lógica no diálogo com eles”, descreve o agente de inteligência, que depôs de forma sigilosa para cinco deputados, um juiz e uma defensora pública.

0 comentário "Canibalismo em presídio do Maranhão"

Postar um comentário

Obrigado por seus comentários