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Milhares de montagens publicadas na internet homenagearam o menino sírio de três anos que morreu afogado na costa da Turquia, na quarta-feira (02).


Foto: Nilüfer Demir/AP

Por Renato Souza

Milhares de montagens publicadas na internet homenagearam o menino sírio de três anos que morreu afogado na costa da Turquia, na quarta-feira (02). 

Aylan Kurdi apareceu na areia de uma praia após ter caído dos braços de seu pai quando a embarcação que a família estava virou. 

A família fugia da cidade de Kobani, dominada pelos terroristas do Estado Islâmico. Uma das montagens mostra o garoto como um anjo deitado na praia. 

O pai do bebê, Abdullah Kurdi, contou que tentou segurar a esposa e as crianças. Mas todos caíram dos seus braços. "Tínhamos jalecos salva-vidas, mas o barco afundou porque várias pessoas se levantaram. Carreguei a minha mulher nos braços. Mas meus filhos escorregaram das minhas mãos", afirma. 



Milhares de montagens publicadas na internet homenagearam o menino sírio de três anos que morreu afogado na costa da Turquia, na quarta-feira (02). 

Aylan Kurdi apareceu na areia de uma praia após ter caído dos braços de seu pai quando a embarcação que a família estava virou. 

A família fugia da cidade de Kobani, dominada pelos terroristas do Estado Islâmico. Uma das montagens mostra o garoto como um anjo deitado na praia. 

O pai do bebê, Abdullah Kurdi, contou que tentou segurar a esposa e as crianças. Mas todos caíram dos seus braços. "Tínhamos jalecos salva-vidas, mas o barco afundou porque várias pessoas se levantaram. Carreguei a minha mulher nos braços. Mas meus filhos escorregaram das minhas mãos", afirma. 

O outro filho de Abdullah, que tinha cinco anos e a esposa dele também morreram. O sírio também fez um apelo para que a comunidade internacional acabe que o terrorismo. 

"Quero que o mundo inteiro nos escute e veja onde chegamos tentando escapar da guerra. Vivo um grande sofrimento. Faço esta declaração para evitar que outras pessoas vivam o mesmo", disse Abdullah Kurdi nesta quinta a jornalistas turcos diante do Instituto Médico Legal da cidade de Mugla.

16 pessoas da família de Abdullah morreram combatendo o Estado islâmico. O refugiado havia pedido exílio ao Canadá, mas o governo negou. Após a imagem do bebê ganhar a imprensa mundial o governo do Canadá ofereceu abrigo ao pai da criança, mas ele negou. 

"Eu só quero voltar para Kobani e enterrar minha família. Depois vou me enterrar ao lado deles", completa Abdullah. 

A jornalista que registrou a cena concedeu entrevista coletiva para falar do caso e disse que ficou "petrificada" ao ver o menino morto na praia. “Naquele momento, quando vi Aylan Kurdi, eu fiquei petrificada. 

Ele estava deitado de barriga para baixo sem vida na areia, de camiseta vermelha e com seu short azul escuro. A única coisa que eu poderia fazer era tornar seu clamor ouvido. 

Naquele momento, eu pensei que poderia fazer isso ao acionar minha câmera e fazer sua foto”, contou Nilüfer Demir, que cobre a crise migratória em Bodrum para a agência de notícias Dogan. 

Após a repercussão da imagem a nível mundial a Itália, França e Alemanha assinaram um documento conjunto pedindo pela revisão das atuais regras da União Europeia sobre garantia de asilo e uma distribuição "justa" de imigrantes no bloco. 

Especialistas em comunicação disseram que a imagem pode ser um "divisor de águas" no tratamento dado aos refugiados da guerra na Europa e em outras partes do mundo. Foto: Nilüfer Demir/AP. Texto: Renato Souza, com informações de agências internacionais.

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